O que querem as mulheres?

"Sem muita frescura, sem muito desgaste, sem muito discurso. Tudo o que a gente quer, depois de uma certa idade, é ir direto ao assunto. "

- Trecho do livro Divã, de Martha Medeiros.

O que querem as mulheres? Tal pergunta é de alta complexidade mas também é cheia de belezas. Certamente não será visto por aqui uma resposta definitiva a isso, afinal não é a resposta a essa pergunta que trará a satisfação definitiva as mulheres, mas sim as possibilidades que esse questionamento proporciona.

Fato é: são diversos os caminhos, a mulher da contemporaneidade usa de legados deixados a ela para construir torres cada vez mais altas, vislumbrando horizontes cada vez maiores. Não querem ideais, recusam os padrões, quebram os paradigmas, questionam tudo que é fixo e estável, vazam as molduras do tradicional e dão cara ao "novo feminino". Não esperam as limitações do que os outros querem delas. Questionam seus próprios tabus, saem atrás das respostas, sofrem e são felizes.

O que isso quer dizer?

Elas querem ser mães e também cientistas, querem manifestar sua sexualidade, querem construir lares e também grandes projetos, elas cuidam da família, elas não tem filhos. Elas também não querem ser interrompidas enquanto falam, querem se vestir das mais diversas formas, querem amar seus corpos, querem que suas habilidades sejam reconhecidas. Elas querem não ser violentadas, elas querem amar e ser amadas, querem espaço, querem proximidade.

Elas estão na política, nas salas de aula, elas estão nos lares, nas mesas, elas estão a frente de tudo, estão nos bastidores.

As mulheres querem tudo que foi citado e ainda muito mais coisas, e ao mesmo tempo, querem coisas diferentes. Elas buscam e precisam evocar o poder de tal pergunta sempre que for necessário: O que querem as mulheres?

Não espero nada, espero tudo, estou à deriva nessa aventura.

- Trecho do livro Divã, de Martha Medeiros.

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